Nota de esclarecimento

Professora do PPGeo manifesta-se sobre conteúdo divulgado a respeito de dissertação de mestrado de seu orientando

A professora Susana Maria Veleda da Silva, do Programa de Pós-graduação em Geografia (PPGeo) do Instituto de Ciências Humanas e da Informação da FURG (ICHI), vem a público por meio de nota de esclarecimento manifestar-se a respeito do conteúdo recentemente divulgado em relação a defesa de dissertação do mestrando Diego Miranda Nunes, seu orientando. Leia abaixo na íntegra.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A dissertação orientada por mim, está em processo de avaliação por uma banca qualificada academicamente e oficializada no PPGeo e na FURG.  Em primeiro lugar, repudio todas as manifestações,  que constrangeram Diego, configurando-se num assédio moral, num momento tenso na vida de qualquer acadêmico: a defesa de sua pesquisa.  Segundo, trata-se de uma pesquisa realizada com os rigores e rituais da produção científica reconhecidos não apenas em diversos campos do conhecimento nas academias dentro e fora do país, mas em ambientes extra campus. Entre os rigores dos rituais acadêmicos, está a leitura prévia do texto completo pela banca de avaliação, a sua apresentação pelo autor em data e ambiente compatível, a arguição e o debate entre os docentes avaliadores e o responsável pelo trabalho. Portanto, apenas e tão somente os membros da banca e o autor dispõem do texto integral. O texto integral é resultado de um conjunto de atividades regulares realizadas no programa e de uma pesquisa qualificada em duas ocasiões: no Seminário do PPGeo e na qualificação realizada em 2018, sendo indicada, pelos membros das bancas, como uma pesquisa com todas as condições acadêmicas de ser apresentada como uma Dissertação de Mestrado em Geografia. O processo baseia-se em um dos princípios da Ciência e em especial das Ciência humanas e da Geografia: estudar as diferentes dimensões e tensões da realidade (offline ou online), do mundo, do planeta e das relações sócio-espaciais de poder.  Categorias de análise  como gênero e sexualidades, entre outras,  já fazem parte do repertório teórico e metodológico da Geografia há mais de trinta anos, constituindo-se em conceitos basilares das Geografias feministas. No século XXI, a pesquisa acadêmica deve ousar na produção de metodologias para compreender as potencialidades,  os limites e as tênues fronteiras entre o que se apresenta como off-line ou online. Daí,  uma diferença essencial entre a Ciência e senso comum que, em tempos passados, criminalizou estudiosos que possibilitaram conquistas para a humanidade.  Portanto, como emitir juízos de valores sem conhecer o conteúdo de uma pesquisa e mais grave, pautar o que deve e o que não deve ser pesquisado, em um país com sólida estrutura de avaliação pelo pares e ampla divulgação científica? Entendo que, nos países democráticos, outras posturas estão distantes da produção do conhecimento científico. No plano das ideias científicas,  de argumentos baseados na realidade e no acúmulo de produção acadêmica, informo que a Dissertação de Diego Miranda Nunes tem todas as condições de ser apresentada conforme os ritos acadêmicos de qualquer Instituição de Ensino Superior (IES) nacional e internacional.  Atenciosamente,

Susana Maria Veleda da Silva

(Professora do PPGeo/ ICHI/FURG)

11/02/2019