FORMAÇÃO

FURG-SLS é parceira em curso sobre avicultura colonial

Evento aconteceu entre os dias 26 e 30 de setembro, em Canguçu/RS

Foto: Divulgação

Na última semana de setembro, entre os dias 26 e 30, a FURG São Lourenço do Sul (FURG-SLS), representada pelo coordenador do curso de Agroecologia, Marcelo Stumpf, foi parceira de um curso de avicultura colonial realizado no Centro de Treinamento de Canguçu (Cetac).

Em sua 25ª edição, o evento, que acontece anualmente – geralmente em mais de uma oportunidade por ano - foi organizado pelo Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RS) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Clima Temperado), com o objetivo de capacitar agricultores familiares e técnicos para a produção de frangos e ovos coloniais/caipiras e agroecológicos.

Além do curso de Agroecologia da FURG-SLS e do Cetac, também foram parceiros da atividade a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro); a Universidade Federal de Pelotas (Ufpel); o Núcleo de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável da Universidade Estadual de Maringá (UEM); a Escola Técnica Estadual Canguçu (Etec); o grupo Vale Vida, empresas locais e voluntários.

Impacto na renda

Segundo o pesquisador da Embrapa e um dos proponentes da ação, João Pedro Zabaleta, um aviário com 300 poedeiras (galinhas que põem ovos) ou 500 frangos gera aproximadamente uma renda líquida mensal de um salário-mínimo.

"É uma atividade que pode ser complementar a qualquer outra na propriedade rural. Demanda pouca mão de obra e tem uma estabilidade muito grande de produção, diferente das culturas vegetais” afirma, explicando que em caso de ocorrência de secas, granizos ou outros eventos climáticos, os animais não são tão afetados, diferentemente do que aconteceria em lavouras de milho ou fumo, por exemplo.

Zabaleta acrescenta que a realização do curso visa dar preparo aos produtores em uma área ainda pouco explorada na região sul. “Até existe muito conhecimento disponível aqui na nossa região, mas aqui não é uma região tradicional produtora frangos ou ovos”, ressalta.

A partir de 40 horas de atividades, divididas em cinco dias de evento, ele diz que a intenção era que os participantes - a partir dos conhecimentos adquiridos - tenham autonomia para dar prosseguimento na construção de seus próprios aviários.

Discussões e aprendizados
O professor da FURG-SLS, Marcelo Stumpf, responsável por ministrar uma palestra sobre criação e manejo de pintinhos - considerada a fase mais delicada do crescimento - acredita que o curso possibilita um espaço de troca de ideias e construção do conhecimento, onde se reúnem professores, pesquisadores, criadores, assim como microempresários e interessados no assunto.

Em seu entendimento, os participantes conseguiram ter uma visão geral e ampliada sobre os fatores envolvidos na criação de aves dentro do estilo colonial. “São realizadas visitas e aulas práticas que contemplam desde a criação dos pintinhos de um dia, passando pelos manejos gerais, instalações, sanidade, genética, chegando até o produto final, seja ele carne ou ovos”, explica.

O docente também aponta a importância da iniciativa em sua trajetória como professor e pesquisador. “Me sinto muito satisfeito por fazer parte desse grupo há tantos anos, pois é um curso no qual o crescimento é tanto de quem participa como aluno ou aluna, quanto de quem auxilia enquanto instrutor ou instrutora, sem esquecer do importante fomento a esse estilo de criação que, ao contrário dos modelos convencionais, está muito preocupado com o bem-estar das aves”, relata.

 

Este material foi produzido de acordo com as normas disciplinadas pela Instrução Normativa nº 1, de 11 de abril de 2018, bem como se ancora e respeita os demais materiais publicados até o momento no que tange o regramento para a comunicação pública dos órgãos federais durante o período de defeso eleitoral, compreendido de 2 de julho a 2 de outubro, podendo ser prorrogado até o dia 30 do mesmo mês em caso de segundo turno.