INTEGRAÇÃO

Estudantes da FURG-SLS representam a universidade em discussão sobre as redes de Agroecologia do Brasil

Painel online aconteceu na última quarta-feira,19, promovido pelo Instituto Federal de Rondônia

Foto: Reprodução/Youtube

Na última quarta-feira, 19, graduandas do curso de Agroecologia da FURG São Lourenço do Sul (FURG-SLS) representaram a universidade durante o painel online "Quais são as Redes que tecem a Agroecologia no Brasil?", promovido pelo Instituto Federal de Rondônia (IFRO) - Campus Cacoal.

O objetivo do encontro foi apresentar algumas redes de Agroecologia com atuação nacional para alunos do Ensino Médio Integrado ao Curso Técnico em Agroecologia do IFRO, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Em atividade desde 2009, agora o instituto tem mais de 100 estudantes em formação, divididos em três turmas.

De acordo com Luceni Hellebrandt, professora do IFRO e proponente da atividade, a ideia era possibilitar algo além das disciplinas técnicas oferecidas pelo curso. “A proposta era ampliar um pouco desses horizontes, possibilitando ideias de como eles podem se articular também e pensar na Agroecologia não somente como profissão, mas como prática de vida”, explica.


FURG-SLS articulada nacionalmente em defesa da Agroecologia

Na ocasião, as discentes da FURG Aline Mello, Letícia Falcão e Mariéla Centeno, acompanhadas de três estudantes vinculados a outras instituições de ensino, falaram das suas experiências junto ao campus São Lourenço do Sul e às organizações da sociedade civil da qual fazem parte.

Atualmente à frente da coordenação do Grupo de Trabalho Juventudes da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), Letícia Falcão atuou na organização da atividade. Durante o painel, ela destacou o papel ocupado pela Agroecologia enquanto ciência, movimento, prática e categoria profissional.

Segundo ela, as redes e organizações nacionais e latino-americanas da Agroecologia contribuem de forma significativa para alicerçar a representação estudantil nos eventos, movimentos e debates que tangentes à Agroecologia. “Faz parte dessas redes articular e organizar caravanas, mutirões, mobilizações e também eventos acadêmicos agregando também à formação acadêmica e cidadã algumas reflexões complexas, pois estamos em contato com diferentes territórios e com as distintas formas de fazer Agroecologia”, pontua, complementando que são através dessas redes e organizações que debates importantes relacionados ao fortalecimento e geração de políticas públicas são realizados.

Já Mariéla contou a sua aproximação com a Teia dos Povos — articulação que congrega comunidades tradicionais e territórios autogeridos, movimentos sociais e grupos de apoio— e como se deu a realização de um dos encontros do movimento na comunidade quilombola Coxilha Negra, da qual ela faz parte. Assim, Mariéla destacou a importância dos eventos para intercâmbio de saberes culturais e alimentares, incluindo trocas de sementes crioulas. “Na comunidade na qual eu faço parte, eu vejo na prática, e estudando também, o quanto são importantes os saberes tradicionais que vão se perdendo com o tempo dentro dessas comunidades com o avanço da agricultura tradicional. Esses encontros são importantes para reafirmar quanto esses saberes são realmente importantes”, afirma.

Por fim, Aline falou sobre o trabalho que desenvolve junto ao Coletivo Ecoar Juventude Ecossocialista, que também presta apoio à construção da Teia dos Povos. “A Agroecologia a gente faz na terra, no território e em interligação com outros territórios. É necessário participar politicamente e construir politicamente, porque só assim conseguiremos ter força para avançar a nossa luta”, declara Aline, afirmando que para ela a atividade foi bastante significativa. “Foi muito importante ter esse contato mais próximo com a construção do conhecimento agroecológico e perceber como ele vem de diversas fontes, como de conhecimentos tradicionais, dos movimentos sociais organizados na luta por terra e território e das universidades que constroem a ciência também agroecológica”.

O painel pode ser assistido na íntegra no canal do IFRO- Campus Cacoal no Youtube.

 

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