No dia 12 de junho, durante o 4º Seminário das Mulheres do Campo, das Águas, Florestas e Cidades no Campus São Lourenço do Sul, será lançado o documentário “Mulheres Quilombolas- Identidades, Vivências e Memórias”.
O vídeo é fruto de um projeto, desenvolvido desde 2017, com mulheres dos quilombos Comunidade Coxilha Negra, Comunidade Rincão das Almas, Comunidade Torrão, Comunidade Monjolo, e Picada. Os encontros foram motivados por rodas de conversas e confecção de bonecas negras, contribuindo para os estudos feministas e da educação popular a partir das resistências dos povos do campo.
O documentário ficará disponível para as mulheres quilombolas e outras pessoas interessadas. De acordo com a professora Graziela Rinaldi, responsável pelo projeto, o vídeo “será um importante instrumento didático para que estudantes da educação básica escutem e conheçam as mulheres que vivem nos Quilombos, aprendendo assim, sobre a história e cultura afro-brasileira”.
Além do documentário, outras publicações sobre o projeto estão sendo compartilhadas. Ainda na programação do seminário, está previsto o lançamento do livro “Mulheres em Movimento: perspectivas em educação, ativismo e empoderamento”. O livro possui textos de mulheres de movimentos sociais, pesquisadoras que atuam no campo das Educação, Direitos Humanos e Feminismos, indígena antropóloga, mulheres negras e professoras de universidades públicas, que ao longo destas quatro edições do seminário tem sido parceiras.
Seminário das Mulheres do Campo, das Águas, Florestas e Cidades
A 4ª edição do evento será realizada de 12 a 15 de junho em São Lourenço do Sul. Organizado e promovido pelo Coletivo Feminista Dandaras, do Campus São Lourenço do Sul, o seminário tem como objetivo contribuir na luta dos direitos humanos, fortalecendo as pautas das mulheres, e denunciar qualquer tipo de violência que as mulheres sofrem.
O evento busca trabalhar com regiões e pautas que dialoguem com mulheres dos povos tradicionais de São Lourenço do Sul: pomeranas, agricultoras familiares, quilombolas, indígenas, ciganas, ribeirinhas, pescadoras, benzedeiras, mulheres de terreiro e pecuaristas, valorizando a diversidade local e proporcionando socializações de vivências e saberes.
Segundo o Coletivo Dandaras, o diálogo entre mulheres do campo e da cidade pode ainda fortalecer os grupos de mulheres de São Lourenço do Sul. “Sabemos que precisamos estabelecer espaços de diálogos entre professores, estudantes, comunidade acadêmica e comunidade em geral sobre a situação das mulheres, os problemas que enfrentam e os desafios que temos para a implementação de políticas públicas. Nesse sentido, queremos construir um seminário conjunto entre mulheres e homens a fim de enfrentar as diferentes violências e desigualdades de gênero e etnico-raciais”, declaram.