Em abril, o Coletivo Indígena da FURG promove atividades de conscientização em relação aos povos indígenas. Desde 2015, o Abril Indígena é celebrado para dar visibilidade ao tema.
Em sua 4ª edição neste ano, a campanha iniciou com a entrada de lideranças indígenas, nomeadas pelos caciques, no coletivo. Segundo o líder do Coletivo Indígena da FURG, Jocemar Cadete, a divulgação da cultura e realidade indígenas é necessária também para “descolonizar certos pensamentos preconceituosos”.
As ações realizadas dentro da universidade englobam a visibilidade, a promoção da cultura indígena e o respeito às diferenças. Seguindo diretrizes da Fundação Nacional do Índio (Funai), a programação do Abril Indígena 2019 na FURG contou com a exposição “Raízes Indígenas”, a terceira edição da Copa Augusto Ópê da Silva e debates e mostras de filmes.
Jocemar reforça a ideia da campanha, considerando que esta tem a possibilidade de manter os indígenas na universidade, com a sensação de estarem em casa. “Esse evento tem toda importância, não só para nós indígenas, mas para toda a comunidade acadêmica e a sociedade em geral. Mostra que as culturas indígenas, apesar de muitas violações de seus direitos, continuam vivas e fortes”, comenta.
Campus São Lourenço do Sul
Em São Lourenço do Sul, a FURG celebrou o Abril Vermelho. De acordo com a professora Graziela Rinaldi, o nome é utilizado “devido à luta pela terra e todos os problemas que os povos originários enfrentam”. A Jornada Universitária pela Reforma Agrária (Jura) integrou a programação no campus. Em maio, o Seminário das Mulheres do campo, das águas, florestas e cidades terá a presença e atuação de lideranças indígenas.