Simcovid

Rio Grande apresenta aceleração na taxa de contaminação por Covid-19, aponta estudo da FURG

Índice na cidade é o pior entre os 12 municípios analisados pelo estudo

Uma análise desenvolvida por pesquisadores do Projeto Exactum, do Instituto de Matemática, Estatística e Física (Imef) da FURG, indica a aceleração da contaminação de Covid-19 em Rio Grande. O cenário geral indica uma desaceleração no estado, mas Rio Grande e Santa Maria apresentaram aceleração da contaminação até 13 de agosto. Enquanto o Índice de Reprodução Basal (R) médio do Rio Grande do Sul é de R=0,88, as cidades têm, respectivamente, índices de R=1,13 e R=1,06. A taxa acima de 1 aponta a aceleração da contaminação. Por exemplo, 100 pessoas contaminadas em Rio Grande propagam o vírus para outras 113 pessoas.
A projeção é de que Rio Grande ultrapasse os 20 mil casos no início de setembro. Segundo os pesquisadores, esforços devem ser feitos para que os cuidados de prevenção sejam mantidos até que a vacinação completa alcance 80% da população. A pesquisa aponta que os cuidados são justificados em razão de já haver transmissão comunitária da variante Delta no estado. 

Análise

O estudo abrange geograficamente todo o RS, com o monitoramento de 12 cidades. Bagé, Canoas, Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Rio Grande, Santa Maria, Santa Rosa, Santana do Livramento, São Borja e Uruguaiana fazem parte da pesquisa, que desde fevereiro deste ano monitora a situação da pandemia. 

O professor Sebastião Gomes, do Imef, destaca a importância da colaboração dos pesquisadores Paulo Victor Lisbôa e Joice Marques, que atuam nas atualizações do site do Exactum. Ele salienta também o trabalho dos alunos Marina Rocha, Ana Luíza Arcanjo e Lucas Rosa, que auxiliam na obtenção e organização dos dados reais utilizados no simulador Simcovid 2.1.

Simcovid

O simulador para análise e previsão da evolução da pandemia de Covid-19 foi desenvolvido por pesquisadores do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) e da FURG. De forma gratuita, os usuários podem realizar simulações específicas de cidades e regiões, a partir de parâmetros inseridos na interface gráfica do software, como número de habitantes, de casos confirmados, de recuperados e de óbitos. Os resultados são apresentados na forma de dados e gráficos. A versão 2.1 do Simcovid pode ser baixada neste link.

A análise completa pode ser acessada no documento disponível abaixo.

*Estagiário de Jornalismo, com supervisão de Júlia Sassi

Análise RS