PREVENÇÃO

FURG inicia produção de EPIs para uso de profissionais da saúde

Projeto utiliza impressoras 3D para a confecção de máscaras Face shield

Foto: Divulgação

Pensando no uso do conhecimento técnico e da tecnologia para superar as adversidades impostas pela pandemia mundial do novo Coronavírus (Covid-19), a FURG começou nesta semana a produção de máscaras face shield, para auxiliar na demanda de equipamentos de proteção individual para profissionais da saúde. O trabalho é feito por um grupo de professores, estudantes, técnicos, voluntários e egressos da universidade, os quais compõe o ITecCorona, um comitê voltado para pensar soluções em tecnologia e automação para o enfrentamento da atual crise.

O produto final do projeto, baseado na impressão 3D, visa trazer proteção total à face do usuário, ajudando assim a não propagar o contágio de doenças transmissíveis pela saliva e fluidos nasais ao mesmo tempo que permite a comunicação clara e sem ruídos de obstrução. Composta por um filamento plástico, um elástico e acetato (uma folha resistente transparente), a produção das máscaras é uma iniciativa de diversos grupos de pesquisa e laboratórios do Centro de Ciências Computacionais (C3), da Escola de Engenharia (EE), do Instituto de Matemática, Estatística e Física (Imef), do Parque Científico e Tecnológico (Oceantec) e da comunidade local.

Iniciativa

De acordo com Letieri Ávila - professor da Escola de Engenharia e um dos coordenadores do projeto - em função da pandemia surgiram diversos tipos de equipamentos, principalmente máscaras, com projetos opensource, ou seja, projetos abertos, divulgados na internet, para que qualquer pessoa com acesso aos instrumentos e ferramentas necessárias para sua confecção pudesse produzir seu próprio equipamento. Pensando nisso, a FURG decidiu contribuir no combate à propagação do vírus, protegendo os profissionais da saúde que atuam diariamente nesse contexto.

Quanto à escolha dos materiais, Letieri explica: “O acetato nos dá a transparência, nos dá a segurança, e também, é lavável, higienizável, o que é o primeiro requisito na confecção de EPIs para esse tipo de situação”. A produção piloto, com dois modelos, foi entregue na última terça-feira, 24, para avaliação dos profissionais do Hospital Universitário Miguel Riet Corrêa Jr. (HU-FURG). “Eles fizeram algumas considerações, e, hoje mesmo, levaremos outros três modelos, com as alterações necessárias, para uma nova revisão”, explica o professor.

De acordo com Paulo Drews, professor do C3 e também coordenador do projeto, os novos modelos foram baseados em face Shields usados tanto no Brasil quanto em outros países, e que, após as avaliações, receberam adaptações para demandas específicas de ergonomia, facilitando a utilização do equipamento. “Atualmente somos mais de 30 pessoas envolvidas no projeto, e contamos com a ajuda de egressos e de outras instituições como o IFRS, IFSUL e outros não vinculados”, pontua e completa “são 12 impressoras particulares e de instituições prontas para produção”.

Doações

Tendo em vista o início de uma produção em maior escala, o projeto criou um espaço online para a arrecadação de dinheiro, revertendo a verba angariada em insumos para a confecção de mais máscaras. Com meta estimada em 12 mil reais, em menos de 24 horas foram doados aproximadamente 500 reais para a causa. Você pode acessar a plataforma clicando aqui, lembrando que os interessados poderão contribuir com qualquer quantia.

 

 

 

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Projeto utiliza impressoras 3D para a confecção de máscaras Face shield

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