Em visita institucional ao gabinete da Reitoria na terça-feira, 14, uma comitiva da Penitenciária Estadual de Rio Grande (Perg) e da Polícia Penal manifestou o interesse em estabelecer um termo de cooperação com a FURG. O objetivo é desenvolver ações na esfera dos direitos humanos visando a ressocialização dos apenados, oferecendo alternativas como cursos a distância e programas de qualificação profissional.
A FURG esteve representada pelo vice-reitor, Ednei Primel, pela pró-reitora de Extensão e Cultura, Débora Amaral, pelo secretário de Gestão Ambiental, Felipe Kessler, pelo pró-reitor de Infraestrutura, Daniel Pereira da Costa, e pela chefe de Gabinete, Camila Estima.
Integrando a comitiva, estiveram o diretor da Perg, Pablo Neves, a assistente social da 5ª Delegacia Penitenciária Regional (DPR), Cristiane Hartwing, a coordenadora técnica da 5ª DPR, Suleima Bredow, a chefe da Divisão de Educação Prisional da Susepe, Carolina Beck, e as psicólogas Letícia Ianzer, da Perg, e Márcia Lemos, da SSPS do Departamento de Políticas Penais (DPP).
Durante a conversa, surgiram propostas de desenvolvimento de projetos de extensão junto à Perg, espaço onde muitas vezes prevalecem o silêncio e o isolamento. Os convidados destacaram que a cultura está entre as questões que podem romper barreiras e, mesmo em um contexto marcado pela privação de liberdade, também abrir caminhos para reconhecer a humanidade que existe em cada pessoa.
"Para o sistema prisional, esse intercâmbio com as universidades é muito importante, porque é deles que saem pesquisas em que se utiliza a temática do sistema prisional. E também saem projetos de extensão que normalmente beneficiam a população presa, através de cursos e da remissão pela leitura, por exemplo", apontou Márcia.
"Um aspecto positivo, de potência da nossa região, é essa interação com as universidades e o fortalecimento da educação, sempre reforçando pautas posiivas dentro das unidades prisionais", observou Suleima. "A nossa região sul tem muita produção de conhecimento, e precisamos dar visibilidade a isso. E o espaço prisional também é um campo rico, onde também é possível produzir conhecimento e espaços de práticas extensionistas", concluiu a coordenadora.
"Queremos dar continuidade formativa a eles. Não podemos perder nunca a crença no ser humano", assinalou Débora.