Na última quarta-feira, 28, aconteceu em Brasília o primeiro dia do Seminário sobre Gestão de Pessoas, Administração e Planejamento das Instituições Federais de Educação Superior (Ifes), promovido e organizado pelo Ministério da Educação (MEC). O evento, que reuniu gestores das 69 universidades federais brasileiras se estendeu até o dia 30 de agosto, com uma série de mesas para o debate do fortalecimento da educação superior no Brasil, por meio do fomento às boas práticas.
A FURG, por sua vez, foi selecionada como exemplo de boas práticas, com o seu programa de Gestão e Teletrabalho, apresentado pelo reitor Danilo Giroldo e pela Administradora da Pró-reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas, Juliana Fausto Flores durante a primeira Mesa do evento, destinada ao debate de boas práticas no âmbito do Programa de Gestão e Desempenho (PGD). A reprise do evento está disponível no canal oficial do MEC no Youtube.
De acordo com a pró-reitora de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas, Camila Estima, é importante ressaltar a relevância do seminário - que uniu o Fórum de Pró-reitores em Gestão de Pessoas com o Seminário de Gestão de Pessoas, Administração e Planejamento do MEC - uma vez que aborda uma série de temas muito importantes para o desenvolvimento de práticas positivas de gestão, além de servir como um momento para estreitar a relação da gestão de pessoas das IFES junto à pasta federal.
“Para a FURG foi uma alegria ter o seu processo de implementação do Programa de Gestão selecionado como uma boa prática de Gestão de Pessoas. Isso demonstra o quanto o nosso processo de implementação foi coeso e orgânico, tendo como principais diferenciais a coletividade, a o fator participativo da nossa comunidade. Hoje podemos perceber que, embora seja um processo que precisa de constante avaliação e aprimoramento, é possível afirmar que existe muita maturidade no que foi construído até aqui”, destacou a gestora.
Também participaram desta mesa, com boas práticas, a diretora de Desenvolvimento de Pessoas da Fundação Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Tereza Cristina Borges; e a secretaria Executiva da Universidade Federal Fluminense (UFF), Verônica da Silva Romeo. Além de palestrante, Giroldo também atuou como mediador da atividade, substituindo o presidente da Associação de Dirigentes das Ifes (Andifes), José Daniel Melo.
Em sua fala de abertura, Giroldo destacou a complexidade do tema, bem como a necessidade da discussão, uma vez que o Programa de Gestão e Desempenho (PGD) permeia o dia a dia do fazer administrativo acadêmico.
“Parabenizo o MEC pela escolha deste tema. Este é um tema complexo, não apenas do ponto de vista operacional, mas também conceitual. Em seus momentos iniciais nas universidades, o PGD acabou sendo discutido ainda durante a pandemia, o que se constituiu como uma dificuldade adicional, uma vez que o debate sobre o teletrabalho acabou se confundindo com o trabalho remoto emergencial. Além disso, o assunto também mexe com aspectos culturais e o próprio conceito de presencialidade dentro das universidades, que por sua vez, zelam muito pelos encontros nos espaços acadêmicos”, iniciou Giroldo.
Ainda segundo o reitor da FURG, o tema também é permeado por preconceitos, os quais somente serão devidamente enfrentados a partir do aprofundamento do debate, com a produção de conhecimento e apropriação do tema a partir da avaliação do processo que o constitui e dos resultados e – ganhos – que ele traz para o fazer universitário.
Em seguida, a administradora da Universidade apresentou o Programa de Gestão e Teletrabalho da FURG, contextualizando particularidades da instituição como a multicampia, mecanismos administrativos e dados como número de estudantes, servidores e docentes, que impactam a maneira como o fazer acadêmico acontece na Universidade. “Antes de mais nada, passamos por um período de oito meses de entrevistas com mais de 60 gestores. A partir das informações obtidas, iniciamos o debate acerca da viabilidade de implementação do Programa de Gestão. Observamos neste processo unidades com muita facilidade de adaptação de processos para o modelo remoto, assim como outras com mais dificuldades, em especial, àquelas atreladas a processos que demandam presencialidade para o desenvolvimento de atividades. Formulamos então três estratégias iniciais, baseando-se em normativas, no desenvolvimento de um sistema próprio para acompanhamento do Programa – realizado pelo Centro de Gestão de Tecnologia da Informação (CGTI) - e, por fim, na proposição de uma consultoria com reuniões junto às unidades para acompanhar e orientar essa adaptação”, explicou Juliana.
“A participação da FURG nesse seminário é um reconhecimento ao trabalho dedicado da nossa comunidade que, sempre pautada por uma postura democrática e horizontal, vem construindo de forma dialógica um processo desafiador e complexo. Poderíamos ter apresentado também a avaliação do PGD que está em curso e permitirá aprimoramentos importantes, mas como o tempo era reduzido, utilizamos as perguntas e o debate para também apresentar esse importante aspecto que está acontecendo neste momento na nossa universidade”, avaliou o reitor.