SUSTENTABILIDADE

Autoridades da FURG representam Universidade durante Fórum sobre Economia Azul

Ação integra programação do Festimar e visa debater o crescimento sustentável

Photograph: Reprodução

Aconteceu nesta última segunda-feira, 14, a abertura da terceira edição do Fórum de Desenvolvimento da Economia Azul do RS. A ação, que integra a programação do Festival do Mar (Festimar), se dedica ao debate sobre o incentivo da economia azul, conceito baseado na utilização dos recursos marítimos e das vias navegáveis, de forma responsável e sustentável, como alicerce de crescimento econômico aliado à preservação do meio ambiente.

A ação aconteceu na Câmara do Comércio do Rio Grande e contou com a presença de inúmeras autoridades locais, regionais e nacionais, entre elas representantes da FURG como o vice-reitor, Ednei Primel; o assessor do Gabinete da Reitora, Artur Gibbon; a diretora do Instituto de Oceaongrafia, Dione Kitzmann; a diretora do Instituto de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (Iceac), Audrei Cadaval; o diretor do Parque Científico e Tecnológico (Oceantec), Samuel Bonato e uma das coordenadoras da unidade Embrapii da FURG – iTec, Micheli Castro.

Na ocasião, foram debatidos temas como bioeconomia azul, inovação azul, construção naval e energias renováveis ligadas ao mar, hidrogênio verde, planejamentos estratégicos geográficos e o papel da indústria nesta transformação. Segundo o Ednei, a temática da Economia Azul é bastante familiar à FURG, que desenvolve várias ações de pesquisa, de extensão, de inovação, de ensino e de cultura nessa área. “A nossa Universidade é uma instituição com uma vocação institucional voltada para os estudos dos ecossistemas costeiros e oceânicos e tem grande expertise no tema Azul, especialmente nas questões relacionadas a cultura oceânica, meio ambiente, aquicultura, biotecnologia, economia, educação e saúde, por exemplo”, explica o gestor.

A diretora do IO, Dione Kitzmann, tem acompanhado os Fóruns de Desenvolvimento da Economia Azul desde o início das atividades, buscando vislumbrar o que se planeja para o território, e também para entender com mais aprofundamento o que se entende dentro deste conceito de economia azul que é, por sua vez, relativamente novo. “Destaco deste 3º Fórum o conceito de Cidade Azul, certificado através do “Selo Azul Cidades Costeiras”, concedido a municípios costeiros que adotam práticas sustentáveis e gestão responsável dos recursos marinhos. A prefeita Darlene aceitou este desafio e agora a nossa “noiva do mar” e “capital nacional das águas” deve trabalhar para obter essa conquista, fazendo jus à sua vocação”, declara a professora.

Ainda segundo Dione, espera-se que, com os projetos inovadores e relatos de experiências apresentados durante o evento, seja possível inspirar e fomentar uma cultura de desenvolvimento local que entenda e respeite os limites da natureza, e, com isso, seja possível envidar esforços para incentivar uma prática sustentável economicamente viável e socialmente justa.

Brasil como protagonista na área: curricularização da cultura oceânica

Recentemente, em abril deste ano, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Ministério da Educação (MEC) assinaram, com apoio da Unesco, um protocolo de intenções para a avançar na implementação da cultura oceânica no currículo escolar brasileiro. A ação torna o país pioneiro; o currículo azul, como foi chamado, será integrado às escolas de todo país e adaptado às realidades de cada região do Brasil.

“Nós, enquanto FURG, temos em nossa instituição protagonistas para esse processo, além de contarmos com uma capacidade instalada capaz de garantir toda qualidade e o estado da arte para o desenvolvimento de diversas ações voltadas não apenas para a implementação do currículo azul, mas praticamente todas as áreas da Economia Azul”, completa o vice-reitor.

FURG como referência

De acordo com Ednei, a importância deste fórum se dá também em razão da FURG, enquanto protagonista das questões voltadas aos estudos dos ecossistemas costeiros e oceânicos, poder pensar em estratégias para sensibilizar a comunidade e, cada vez, buscar formas de integrar a cidade e a região aos seus processos de excelência.

“Este é um tema que nós, enquanto instituição, temos expertise; é o exemplo da nossa Estação Marinha de Aquacultura (EMA), onde são desenvolvidas pesquisas para além da aquicultura, mas também no que tange nanotecnologia e biotecnologia; temos também uma série de pessoas que pensam saúde, engenharia e biotecnologia, por exemplo, com foco azul; temos pesquisadores que desenvolvem embalagens inteligentes e sensores, esses são alguns exemplos importantes, ainda que tenhamos uma série de outras atividades de grande impacto que se relacionam com a área. Quero destacar também outro tema que nossos pesquisadores atuam de forma excepcional, que são as comunidades pesqueiras e tradicionais, que vivem da economia azul e precisam ser respeitadas e incluídas cada vez mais como partes centrais desse processo”, adiciona o vice-reitor.

Por fim, Ednei pontua a importância do diálogo entre os vários representantes da quádrupla hélice, cada um com o seu comprometimento alinhado com os interesses da região, pensando e trabalhando em conjunto para promover o desenvolvimento do território, sem esquecer de ouvir e incluir os verdadeiros protagonistas desse ambiente produtivo. “Junto com a universidade, junto com o município, junto com toda a comunidade é que nós vamos fortalecer cada vez mais nossas ações”, conclui o gestor.