LITERATURA

Amor pelos livros, acessibilidade e inclusão: está aberta a 47ª Feira do Livro da FURG

Mais de 150 atividades ocorrem durante os onze dias da Feira, no Balneário Cassino

Photograph: Hiago Reisdoerfer/Secom

Até o dia 9 de fevereiro, as noites na praça Didio Duhá, no Balneário Cassino, serão dedicadas à literatura, à arte, à cultura e a discussões sobre políticas públicas. Aberta oficialmente na noite desta quarta, 29, a 47ª edição da Feira do Livro da FURG tem como tema Acessibilidade e inclusão: vidas, (re)existências e histórias. São 25 bancas de livros; sessões de autógrafos coletivas e individuais; oito rodas de conversa; espetáculos musicais, teatrais e de dança; oficinas para públicos diversos; contação de histórias; exposições; concursos literários; entre outras atividades culturais.

Acessibilidade e inclusão

A patrona da Feira, professora de Psicologia da FURG e poeta Daniela Delias recebeu da reitora e do vice-reitor o diploma de patrona durante a abertura oficial, que ocorreu na Arena Cultural. “Não é difícil pensar que um evento que nasce e se mantém pulsando no coração de uma universidade comprometida com os anseios da comunidade está destinado ao encontro. Este nosso, particularmente, pretende que o amor pelos livros nos leve além, e possibilite falar sobre acessibilidade, inclusão, resistências e histórias de vida”, disse Delias.

A discussão sobre acessibilidade já havia iniciado antes mesmo da abertura. Às 19h, logo no começo das atividades da Feira, uma roda de conversa no Espaço Literário reuniu educadores e educadoras das redes pública municipal e estadual, além da universidade, para discutir sobre as Salas de Recurso Multifuncionais. Esses espaços organizam a apoiam a oferta de Atendimento Educacional Especializado a estudantes com deficiência. Diversos foram os relatos de experiências, em atividade com o espaço lotado.

Na cerimônia de abertura, a reitora da FURG, Cleuza Maria Sobral Dias, observou que além de mostrar a literatura, arte e cultura, a Feira potencializa o espaço para a resistência na pauta da acessibilidade. “Temos que sensibilizar o olhar para o processo de inclusão”, afirmou. O pró-reitor de Extensão e Cultura, Daniel Prado, destacou que há mais de 150 ações culturais, sociais e extensionistas na programação da Feira, o que a torna um dos maiores eventos culturais da metade sul do Estado. “As feiras têm se caracterizado como feira do livro de uma universidade pública e também espaço para a discussão de políticas públicas”, falou Prado.

O presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência e Altas Habilidades, Eduardo Gonçalves, que também participou da cerimônia de abertura, agradeceu à universidade pelo convite e pelo tema – pouco comum e feiras e de fundamental importância. Gonçalves lembrou que acessibilidade não é uma questão apenas para pessoas com deficiência, mas também para idosos, por exemplo. “É muito importante repensarmos os espaços, tanto públicos quanto privados”, disse.

André Miki, gerente do Sesc Rio Grande, celebrou a Feira como um evento não só da FURG, mas do Cassino, da comunidade; opinião que foi reforçada pelo prefeito Alexandre Lindenmeyer. “Enquanto prefeito, posso afirmar que a universidade participa de todas as pautas de políticas públicas de nossa cidade”, afirmou, saudando aos trabalhadores e trabalhadoras em educação. Também participaram da cerimônia de abertura o vice-reitor Danilo Giroldo, o vice-almirante do 5º Distrito Naval, comandante Flavio Macedo Brasil, a vereadora Tia Deia, representando a presidência da Câmara Municipal do Rio Grande, a chefe da Divisão de Meio Ambiente do Porto do Rio Grande, Mara Núbia Cézar de Oliveira e o tenente Leonardo representando o 6º GAC.

Após a abertura o Grupo TIA fez um cortejo de encerramento, com um espetáculo poético, e a Banda Rossini se apresentou ao público.

Programação desta quinta

Nesta quinta-feira, 30, às 19h, a Arena Cultural dá espaço ao lançamento do CD de Paródias do Bloco Os 100 Limite, iniciativa de várias entidades que se dedicam à pauta das pessoas com deficiência. Às 21h ocorre a apresentação do espetáculo Às vezes eu Kahlo, com a Geda Cia de Dança Contemporânea, de Porto Alegre. Às 22h30, acontece o Sarau Transgressões poéticas: narrativas sobre o feminino, com Rosane Castro e Adriana Fraga.

No Espaço Literário, a programação inicia também às 19h, com a Oficina de capacitação em Libras, com a professora Cristina Terra, da FURG. Às 20h ocorre o lançamento do e-book Currículo da Língua Brasileira de Sinais: LIBRAS: componente curricular como primeira língua, de Maria Mertzani, Cristina Lima Terra e Maria Auxiliadora Terra Duarte. Às 21h, a Noite da Patrona. Em um encontro com Daniela Delias, o diálogo será sobre as obras da autora: Boneca russa em casa de silêncios, Nunca estivemos em Ítaca e Alice e os Dias.

As atividades na Rua das Crianças começam às 20h, com a contação Histórias que minha avó contava, com Rosane Castro. Às 21h a Trupe Bugigang apresenta a contação O pequeno grande príncipe. E às 22h, duas atividades simultâneas: a contação A revolta dos gizes de cera, a cargo do CAIC, e a Oficina de criação literária Papareinha, com o coletivo de poetas Papareias.

O Espaço Plural, novidade desta edição da Feira, terá Diálogos com a Aprofurg a partir das 19h.

 

 

Gallery

Na imagem aparece um grande grupo de pessoas sentadas em círculo. Elas estão em cadeiras brancas em um ambiente que é cercado por paredes provisórias, com a parte inferior em material branco e a parte superior em vidro.

No espaço literário, profissionais da educação se reuniram em uma roda de conversa para debater os fazeres e desafios das Salas de Recursos Multifuncionais

Hiago Reisdoerfer/Secom