CINEMA E CONVERSA

Projeto Raízes Indígenas lança primeira Mostra de Filmes

Encontro acontece na quinta, 1º de outubro, e aborda visibilidade e cultura dos povos indígenas

Nesta quinta-feira, 1º de outubro, o projeto Raízes Indígenas promove a 1ª edição da mostra de filmes. A ação tem o intuito de, por meio de filmes de curta-metragem, demonstrar a multiculturalidade e as características presentes em cada povo originário no Brasil.

A sessão aberta iniciará às 20h e exibirá os filmes “Resistência Kaingang: O fim do Barro Preto” (2019), “Aldeia do Cachimbo” (2020) e “Xetá” (2011). O encontro contará com a participação de Isael Pinheiro, doutorando no Programa de Pós-graduação em Educação da UFRGS e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (2018). É do povo guarani da aldeia de São Jerônimo, norte do Paraná.

Outros encontros estão previstos para acontecer nos dias 29 de outubro e 22 de novembro. A participação nas três sessões do projeto dá direito a certificação de 6 horas, com inscrição no formulário disponível aqui.

O projeto de extensão e cultura “Raízes Indígenas: um diálogo intercultural” é de responsabilidade do Instituto de Letras e Artes (ILA) da FURG e tem como objetivo dar visibilidade a cultura e história dos povos indígenas brasileiros através de ações culturais e afirmativas dentro da universidade. O projeto também está engajado nas lutas indígenas e no movimento por uma educação antirracista - que envolve o antirracismo negro e indígena.

Sobre os filmes

“Resistência Kaingang: O fim do barro preto” - Documentário produzido pelo Coletivo Catarse, RS, 2019.

Sinopse: Em setembro de 2018, o território Kaingang Ore Xá (Barro Preto), da comunidade de Kandóia, em Faxinalzinho-RS, já se encontrava em plena devastação pelo agronegócio. Mas ainda era possível encontrar resquícios de mata no local - e barro... Junho de 2019, mesmo local: os ruralistas avançam na destruição do território Kaingang sem que nenhum tipo de fiscalização fosse realizado, derrubando a pouca mata que ainda restava. Porém, o Ore Xá ainda resiste. Na terra estuprada pelo rodado do trator, a juventude Kaingang homenageia seus ancestrais com cantos e danças. Ainda que, só por hoje, o Barro Preto retorne aos Kaingang. Este é um filme (teaser) que apresenta o projeto.

“Aldeia do cachimbo”. Produção coletiva, BA, 2020.

Sinopse: O documentário "Aldeia do Cachimbo" revela os indígenas narrando a reconquista de seu território e partilhando o prazer da vitória, que é viver hoje juntos em uma mesma aldeia. O filme foi realizado em processo de cocriação, entre vários indígenas e três não indígenas que vivenciaram 15 dias na aldeia.

Xetá”. Documentário produzido pela WG7BR com direção de Fernando Severo, PR, 2011.

Sinopse: Durante o desordenado processo de colonização do noroeste do Paraná, nos anos 40 e 50, foi avistada uma população indígena que até então havia tido pouquíssimo contato com o homem branco. Logo o povo Xetá foi expulso de suas terras, vitimado por ações de extermínio e, os poucos sobreviventes, dispersos para outros locais. A quase extinção dos Xetá acabou contribuindo para provocar um desastre ecológico irreversível na região. 

 

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Projeto Raízes Indígenas promove mostra de filmes nesta quinta-feira, 1º de outubro

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