MANIFESTAÇÃO

Intervenção sobre período da ditadura pode ser visitada até esta sexta-feira, 25

Iniciativa instalada no CC atua por meio de imagens, sons e observações

Photograph: Divulgação

Iniciada nesta última segunda-feira, 21, a intervenção “Vestígios de uma ausência: uma arqueologia da repressão” traz para o Centro de Convivência (CC) da FURG, no Campus Carreiros, a oportunidade de ouvir, visualizar e sentir a sensação repassada por meio dos detalhes destacados na exposição. A iniciativa é fruto de esforços coletivos entre o Curso de Arqueologia, a professora Beatriz Thiesen e a Comissão da Verdade da Aprofurg, e pode ser visitada até sexta-feira, 25.

De acordo com a organização, a ideia da manifestação é demonstrar para aqueles que não vivenciaram o período da ditadura, parte de como era realizada a abordagem social na época. Para atingir este objetivo, a intervenção se utiliza de sons e imagens que despertam sensações aos expectadores. Segundo o presidente da Aprofurg, Cristiano Engelke “o objetivo da comissão da verdade é trazer à tona os fatos que ficaram escondidos, nesse período recente da nossa história”.

A aluna e bolsista do curso de Arqueologia da FURG, Eduarda Rafaella Rippel explica de onde nasceu a ideia do projeto. "A instalação nasceu no ano de 2014, com o intuito de fazer frente à uma juventude que vem e expressa um saudosismo de uma ditadura que não viveu. Quando nós sentimos esses ares e tivemos essa percepção, nos sentimos na obrigação enquanto curso de arqueologia e as questões de materialidade, de trazer o sentimento da época de forma palpável, através de sons, imagens e observações", explicou.

Já para a professora Beatriz Thiesen, os espaços da intervenção reproduzem de maneira mais vívida as experiências para as pessoas que circulam pelo local. "É impressionante como tudo passa, como tudo se esquece e a gente precisa gritar tão forte, por uma coisa que parece que foi ontem. Pessoas que sofreram neste período ainda estão aqui", explicou Beatriz. A docente conclui sua fala ao destacar que a memória da ditadura precisa ser lembrada e jamais pode ser esquecida.