Começou na última quarta-feira, 7, o curso de formação continuada “A comunicação no serviço público: a interconectividade como mecanismo chave no desenvolvimento saudável das relações”, promovido pela Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (Progep). Com a intenção de elaborar novas possibilidades para resolver os desafios da rotina do trabalho, principalmente nas dinâmicas de solução de problemas, a atividade propõe reflexão sobre relações interpessoais e a construção de um ambiente de trabalho permeado pela ética e pela qualidade dos serviços postos à disposição da comunidade.
A primeira edição do curso ofereceu 25 vagas e teve grande procura, segundo a coordenadora de formação continuada, Camila Estima. “Esses temas da mediação de conflitos, comunicação não-violenta e ética são sempre muito pedidos pelos servidores. Já estamos vendo a possibilidade de abrir novas turmas. Diversas unidades acadêmicas estão pedindo mais edições do curso, porque entendem a necessidade de discutir esses assuntos”, conta a coordenadora.
O curso terá quatro encontros em agosto e uma atividade a distância em setembro, ministrados pelas professoras Simone de Biazzi, da Faculdade de Direito (Fadir), e Simone dos Santos, mediadora judicial colaboradora do Escritório Modelo de Assessoria Jurídica da FURG (Emaj).
A dificuldade que as pessoas têm de estabelecer vínculos positivos umas com as outras é crescente, avalia a professora Simone de Biazzi. “Dentro do serviço público isso traz dois prejuízos: o de relacionamento entre colegas de trabalho e o prejuízo da própria prestação de serviço”, explica. O curso é uma oportunidade de falar sobre comunicação não-violenta e dos conflitos como parte das relações, “a gente quer buscar minimamente uma reflexão a respeito das conexões e sobre como elas são estabelecidas. No final das contas, tudo o que nós queremos é ser ouvidos, todos querem dar seu testemunho. Por que não tratar essa questão da comunicação de forma mais positiva, de forma que gere efetivo desenvolvimento humano saudável?”, propõe.
Zoraia Ferreira, telefonista da FURG, ficou positivamente surpresa com o curso. “Acho que o crescimento pessoal de cada participante vai ser bem significativo, muda a visão da gente em relação ao outro”, considera. Outra participante, Aline Kochhann, da Progep, também ficou satisfeita. “Superou minhas expectativas. Não conhecia essa terminologia, comunicação não-violenta. Gostei bastante da questão do olhar para a gente ao invés de culpar o outro, de virar o espelho para nós e ver onde a gente pode atuar para tornar o ambiente de trabalho um pouco melhor, caso a gente ache que não está bom”, diz. O próximo encontro vai abordar a teoria do conflito e na sequência haverá dois encontros vivenciais de círculos de paz.
