Dar bases teóricas e técnicas para a discussão sobre a comunicação na FURG. Este foi um dos objetivos do 2º Simpósio de Comunicação que foi realizado nesta quinta-feira, 19, no auditório da Secretaria de Educação a Distância (Sead).
Com sua primeira edição em 2018, o Simpósio de Comunicação, promovido pela Secretaria de Comunicação (Secom) da FURG, pretende se consolidar como instrumento de qualificação e profissionalização da comunicação na FURG.
A palestra de abertura do evento, intitulada “Mídias sociais, universidade e desinformação”, segundo a palestrante Raquel Recuero, “é uma temática cara”. Docente e pesquisadora, Recuero apresentou parte das pesquisas em andamento realizadas pelo grupo de pesquisa Mídia, Discurso e Análise de Redes Sociais (Midiars), em parceria com outros grupos do mundo todo.
Entre os assuntos abordados, a pesquisadora falou sobre o contexto de espalhamento intencional de informações falsas e sua influência sobre as pessoas. Segundo ela, a desinformação tende a circular nos mesmos grupos onde há concordância com determinado discurso, o que leva à repetição e acaba por gerar legitimação.
Raquel ainda trouxe aos presentes o questionamento de como combater a desinformação, principalmente no âmbito educativo. De acordo com os dados preliminares das pesquisas do Midiars, os contextos de polarização descredibilizam os veículos. Assim, os pontos para combater a desinformação envolvem mais para espaços de discussão e educação para mídia, tanto partindo das escolas como da universidade.
Comunicação Pública
Na mesa de abertura do evento, o vice-reitor da FURG, Danilo Giroldo, falou sobre a conjuntura desafiadora que o país vive e que pressionam as estruturas de comunicação. O gestor reforçou que a realização do simpósio auxilia na reflexão sobre a comunicação pública e possibilita a articulação dos diferentes espaços da universidade. “É fundamental que possamos reforçar as ações acadêmicas e administrativas para que a comunicação seja cada vez mais valorizada”, disse.
O secretário de Comunicação, Law Tissot, disse que o tema do simpósio foi pensado a partir do contexto em que vivemos e que a Secom não tem medido esforços para trabalhar a comunicação de forma cada vez mais qualificada. “Neste momento, de 50 anos da universidade e de comemorações, a equipe da comunicação trabalha entusiasmada. Fazer comunicação é uma realidade extremamente apaixonante. A Secom tem lançado novos produtos, novos desafios e novas estratégias”, falou Law.
Ana Cássia da Rosa, relações públicas e coordenadora da Secom, abordou o importante momento de troca de experiências: “Temos que parar um pouco e refletir sobre nosso fazer, que é imediatista e transversal a diversas áreas. Esse tema desperta, cada vez mais, o interesse nas pessoas e por isso a presença de quem está aqui hoje”.
Workshop
O segundo momento do Simpósio foi o workshop “Comunicação na universidade: orientações para a produção de conteúdo”, conduzido pela equipe da Secom. Proposto como um momento de troca, o workshop apresentou o conceito de Comunicação Pública, que pauta o trabalho do setor.
“Nas universidades, a comunicação pública não é uma coisa que está pronta, não tem um jeito certo de fazer”, observou a jornalista Andréia Pires. Ao citar Jorge Duarte, umas das principais referências da área, afirmou que “nosso compromisso não é só dar informação. É comunicar de forma clara, é também ser escuta”.
A tarde, por fim, foi também de escuta das demandas dos diferentes setores em relação à comunicação, passando pela explanação de conceitos sobre a área, orientações para produção de conteúdos, reflexão sobre as ferramentas para a comunicação e apresentação de casos.
