AGENDA SOCIAL

Qual o sentimento de ser um profissional da educação?

No Dia do Professor e da Professora, reunimos depoimentos de quem atua na área em busca de um mundo mais justo e equitativo

Foto: Arquivo Pessoal/Jamil Pereira

"Educador é aquele que confecciona asas e voa junto". A frase do poeta Sergio Vaz, de uma forma lúdica e poética, resume bem uma profissão que eleva a educação como instrumento de reflexão crítica, e que é a base do desenvolvimento humano e social.

Neste 15 de outubro, Dia do Professor e da Professora, a Universidade Federal do Rio Grande (FURG) lança a pergunta entre educadores e educadoras: qual o sentimento de ser um profissional da educação?

Algumas respostas estão reunidas abaixo, em um questionário organizado pelo projeto Agenda Social da universidade e que contempla diferentes áreas, níveis e modalidades de ensino.

“Ser profissional da educação é poder transformar, um pouquinho que seja, o nosso mundo para melhor. Ao atuar na educação a gente trabalha com sonhos, motiva sonhos, e possibilita para que nossos alunos possam alcançá-los. Trabalhar com educação tem as suas dores e as suas alegrias, então é fantástico trabalhar com isso, mesmo difícil, porque podemos fazer com que outras pessoas possam brilhar. A educação é fundamental para transformar a nossa sociedade em uma sociedade melhor".
Augusto Cardoso, professor da rede municipal de Santo Antônio da Patrulha. Coordenador do Centro Municipal de Educação Integral Santo Antônio / Programa AABB Comunidade, atendendo Ensino Fundamental e professor de História para o Ensino Médio

“O sentimento é de plenitude, pois como profissionais da educação participamos da construção de uma sociedade baseada no amor e com valores éticos, para coibir injustiças sociais, políticas discriminatórias de toda espécie e ceder espaço à fraternidade e ao cooperativismo, sempre com a responsabilidade de contribuir para a formação das novas gerações. O trabalho do educador faz diferença na sociedade, quando contribui para a construção de um lugar melhor, com justiça, respeito, paz, cidadania, cooperativismo e prosperidade”.
Adriana Pereira, professora da rede municipal de Santo Antônio da Patrulha, pedagoga e professora de Língua Portuguesa, atualmente Gestora Escolar em Glorinha/RS, que atende da pré-escola até o 3º ano do Ensino Fundamental

“Ser professora é um árduo desafio diário, é encontrar vidas em desenvolvimento e poder contribuir em seu processo de formação. A gratificação se dá ao olhar para trás e ver o quão vale a pena o esforço, pois somente através da Educação, podemos realmente transformar realidades”.
Lidiane Cordeiro, professora das séries iniciais e finais em Santa Vitória do Palmar

“Ser um profissional da educação, para mim, possibilita a oportunidade de mudar e fazer parte da formação e da história de vida de um aluno! Termos a responsabilidade de trabalhar em uma área que tem grande impacto na sociedade e que, assim como ensinamos, termos a humildade de saber que estamos sempre aprendendo e lidando não só com desenvolvimento cognitivo, mas também com fatores socioemocionais que impactam diretamente no rendimento aprendizado. É estar sempre buscando aprimoramento, fazendo aflorar no educando sentimentos, reflexões, emoções, respeito, que terá reflexo em sua trajetória de vida”.
Jamil Pereira, professor em Santa Vitória do Palmar. Biólogo, trabalha com educação patrimonial e ambiental nas escolas de ensino fundamental e médio, presta assessoramento a universidades nas atividades de pesquisa e saídas de campo e desenvolve trabalhos de pesquisa em parceria com instituições e universidades junto ao Museu Municipal

“Definir o que é ser alfabetizadora em poucos segundos é uma tarefa bem difícil. Prefiro compartilhar que vejo o ato de alfabetizar como ser e estar. Sou educadora que chega quando o sol dá lugar à lua, num espaço onde os estudantes sabem infinitamente coisas que eu nunca imaginei, por isso aprendo sempre. Muitos têm um tempo que é só seu; não é o tempo do relógio nem do calendário, é o tempo do resgate. Trazem histórias e trajetórias cativantes, mostram no olhar e nos gestos o quanto o espaço escolar é importante para cada um, mesmo com os desafios que ele traz. Ser professora, sim, é ser aprendiz, é estar compartilhando saberes, bem como diz Freire: 'não há saber mais ou saber menos; há saberes diferentes'. Assim, vamos nos alfabetizando juntos em uma leitura de mundo".
Kelly Brum, professora para Educação de Jovens e Adultos em Rio Grande

“Se for escolher um sentimento para definir quem sou eu como profissional da educação, escolho orgulho, pois tenho muito orgulho da professora que me tornei. Cresci, evoluí e sigo buscando ser melhor a cada dia. Na minha caminhada surgiram, sim, frustrações, medos e angústias, mas a felicidade do retorno dos alunos, valorização e carinho de ex-alunos superam tudo e é por isso, então, que sinto muito orgulho em ser professora”.
Taís de Paula Peres, professora de Ciências do 5° ao 9° ano em São Lourenço do Sul

 

 

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