Na última sexta-feira, 22, o Centro Interinstitucional de Observação e Previsão de Eventos Extremos (Ciex) promoveu o seu primeiro workshop, reunindo bolsistas e pesquisadores da FURG, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH/UFRGS). O encontro aconteceu no Auditório João Rocha, na FURG, e contou com a participação de mais de 50 pessoas entre pesquisadores e bolsistas do Projeto CIEX - FAPERGS, marcando um momento importante para a integração das ações que vêm sendo desenvolvidas.
Ao longo do evento, pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento apresentaram seus projetos e atividades no Ciex, destacando tanto o caráter interdisciplinar quanto o impacto das ações, que, conjuntas, dão ao Centro seu aspecto integrado, amplo e inovador.
Para o vice-reitor, Ednei Primel, que acompanhou a abertura do evento, toda a rede constituída pelo Ciex resulta em um fortalecimento da cooperação interinstitucional, para que de forma integrada, seja possível não só desenvolver pesquisas e inovação tecnológica dentro de um tema muito importante na atualidade, mas também, promover impacto direto para a resiliência dos municípios da região. “Aquele Evento Extremo que nos trouxe bastante sofrimento, também demonstrou a importância da ciência e a importância da cooperação entre as instituições de ensino, universidades, institutos federais, governos municipais, forças de segurança, governo estadual e governo federal para o desenvolvimento de ações estratégicas que possam conectar o conhecimento produzido com a sua posterior aplicação nos desafios reais da comunidade”, comentou o gestor.
Ao longo do dia, foram apresentadas diversas óticas e perspectivas sobre o trabalho realizado pelo Ciex, como a Rede de Monitoramento de Nível da Lagoa dos Patos, em parceria com a Portos RS; particularidades hidrodinâmicas da região; modelagem hidrológica, hidrodinâmica, de inundação e de ciclones extratropicais; desenvolvimento de tecnologias de integração virtual de dados e previsões como o Digital Twin utilizado pelo Centro; Economia; integração entre academia e sociedade; e potenciais efeitos de eventos extremos sobre as aves que habitam o sul do país.
Segundo a coordenadora do Ciex, Elisa Fernandes, o evento foi pensado como um espaço para consolidar o caráter integrativo do Centro, não só entre instituições, mas entre áreas do conhecimento, demonstrando a potencialidade dos diferentes elementos que compõem a rede de expertise do grupo. “As apresentações realizadas demonstram a importância de articularmos diferentes olhares sobre os Eventos Extremos, sejam eles ambientais, sociais ou tecnológicos. Além disso, foi um momento muito importante para que o grupo de trabalho, que é vasto, pudesse se conhecer e se apropriar desse espaço que é de todos”, destacou a professora.
