MUVIE

Museu Virtual do Ensino de Ciências Fisiológicas celebra 15 anos com programação especial

Lançamento do terceiro livro do projeto acontece em dezembro no Pavilhão 6

Em outubro de 2009, a Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proexc) concluía a seleção do Edital Pró-cultura, voltado ao fomento de projetos de extensão na área de cultura. Nesta época, o projeto Museu Virtual do Ensino de Ciências Fisiológicas da FURG foi contemplado. "Foi a primeira vez em que eu escrevia um projeto de extensão na área de cultura, já que minhas experiências anteriores eram as áreas de educação e saúde", lembra a professora Carla Amorim Gonçalves, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB).

De acordo com a coordenadora, a motivação do projeto era realizar a salvaguarda de equipamentos antigos em desuso das práticas de Ciências Fisiológicas: Bioquímica, Biofísica, Farmacologia e Fisiologia, ferramentas em sua maioria importadas, datadas anteriormente à década de 1970. "Encontravam-se estragados, sendo esquecidos ou descartados. O ensino de aulas inicialmente práticas, com uso de animais, estava rapidamente, e por força de lei, sendo trocado por métodos alternativos ao uso animal, autoexperimentações, modelos e simuladores. Para onde iria toda essa história material? Provavelmente se daria baixa em processo patrimonial, e acabaria virando descarte", destaca a professora.

Motivação posta e metodologia pensada, que não embateria com o campo do espaço físico, a idealizadora foi lançar voo ao espaço digital. "Transformando os futuros descartes em itens de acervo museológico, fomos começando a registrar e contar essa história", observa Carla.

Em 15 anos de ações extensionistas ininterruptas, o MUVIe (abreviatura e alcunha do projeto) construiu uma página para virtualizar suas ações de salvaguarda, porém a virtualização planejada, escapou-se ante a materialidade dos objetos, que desejavam ser expostos, tocados, e ressignificados; e alcançou galerias físicas em várias cidades do estado, mas especialmente galerias do cotidiano como salas de aulas, corredores e pátios de escolas. "Já os roteiros de aulas práticas do passado publicados na página do MUVIe, sozinhos não se contavam, não se explicavam. Ansiavam por serem mais uma vez lembrados pelas vozes de seus executores, e assim entrevistas, documentários, lives e programas de rádio foram registrando a memória oral dos ex-servidores e servidores ativos do original Departamento de Ciências Fisiológicas", ressalta a coordenadora.

A ideia fixa de não perder a memória passada frutificou com vistas à esperança de promover as ciências do futuro. Crianças e jovens de diversas escolas visitadas pelo projeto foram mantendo viva a Educação Patrimonial dos Patrimônios de Ciência e Tecnologia, em interações, e deram origem a diversos trabalhos acadêmicos, como resumos, artigos, capítulos de livros e livros.

Para comemorar esta história de um projeto de extensão em cultura, que se desenvolveu em projeto de ensino, pesquisa, extensão e cultura, e vem há 15 anos promovendo a ciência na educação superior e básica, foi construída uma programação que começa neste mês de outubro e vai até dezembro.

Foram planejadas lives sobre a atuação do MUVIe em ensino, pesquisa e extensão, exposições culturais, exposições em feiras de ciências, palestra, programa de rádio, e que culminarão com a inauguração do novo espaço físico do MUVIe e o lançamento do seu terceiro livro, "Do Rato ao Homem: A Prática das Ciências Fisiológicas na FURG", no dia 3 de dezembro, com a presença de uma das organizadoras, a bolsista Ágatha Coutinho.

Confira a programação no card abaixo. Para acompanhar as atividades, datas e horários, siga a rede social do MUVIe aqui.

Programação