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Gestão esteve reunida com diretores, coordenadores e representantes estudantis nesta quarta-feira, 27

Foram debatidas a recomposição do calendário e a criação de comissão para construir um programa institucional para situações de eventos extremos

Foto: Hiago Reisdoerfer/Secom

Durante a última quarta-feira, 27, a gestão administrativa da FURG separou o dia inteiro para duas importantes reuniões com a comunidade universitária, considerando os desdobramentos provocados pela situação climática agravada no município do Rio Grande e demais campi onde a instituição se faz presente. Na manhã, o reitor, Danilo Giroldo e a pró-reitora de Graduação, Sibele Martins, encontraram-se com diretores de unidades acadêmicas e coordenadores dos cursos de graduação; no período vespertino, Danilo e Sibele, ao lado da pró-reitora de Assuntos Estudantis, Daiane Gautério; e do pró-reitor de Extensão e Cultura, Daniel Prado, ouviram as demandas e o ponto de vista dos representantes estudantis.

O encontro foi motivado pelas decisões tomadas pela reitoria, divulgadas por meio de portarias no portal FURG.br, e embasadas pelo Comitê de Análise e Prognóstico de Eventos Extremos – montado em caráter emergencial para o enfrentamento do agravado cenário climático em Rio Grande, e atualmente em fase de implementação. Na ocasião, a gestão aproveitou para ouvir os relatos da comunidade, sob diversas perspectivas, mas, especialmente, debateu com sua base alternativas para a recomposição do calendário universitário, além de receber nomes de representações, tanto docente quanto discente -, para integrar uma comissão dedicada a construir um programa institucional para situações de eventos extremos, a ser apresentado aos conselhos superiores da FURG para deliberação.

Para Giroldo, as conversas servem também para que a comunidade compreenda a complexidade do momento, dada a imprevisibilidade  das condições climáticas e as diversas variáveis envolvidas neste processo, o que torna a tomada de decisão delicada e difícil. “Nesse contexto, destacamos que, até então, todas as decisões que tomamos quanto ao momento atual foram embasadas tecnicamente no trabalho realizado pelo Comitê de Análise e Prognóstico de Eventos Extremos, que subsidia a gestão com informações bastante qualificadas”, explicou.

Agora, passado o momento mais delicado, mas ainda sob risco de alagamentos e volume de chuvas significativo até o fim do ano, a FURG deve focar esforços na construção coletiva de alternativas para a recomposição das frequências e conteúdos perdidos pelas pessoas atingidas; reprogramar o calendário universitário; e, por fim, estabelecer uma estrutura perene de análise e prognóstico destes eventos extremos, incluindo protocolos estruturados, correspondentes aos alertas emitidos pela Defesa Civil, outros órgãos competentes e o próprio Comitê de Análise e Prognóstico de Eventos Extremos.

Sobre a comissão

Um dos temas principais das duas reuniões foi a elaboração de uma comissão composta por direções de unidades acadêmicas, coordenações de cursos e estudantes para - valendo-se da análise técnica produzida pelo comitê de análise e prognóstico de eventos extremos -, elaborar diretrizes e protocolos para lidar com situações desta magnitude, por meio de padrões claros para orientar o funcionamento da FURG em momentos como o atual. A coordenação da comissão está a cargo da Pró-reitoria de Graduação (Prograd).

“A ideia é que a gente consiga levar uma discussão amadurecida, com um conjunto de diretrizes e procedimentos bem estabelecidos para o Coepea, garantindo ao conselho superior a devida segurança, também, na sua tomada de decisão”, destaca e completa o reitor: “Nós agradecemos o envolvimento da comunidade e a participação nas reuniões. Agora devemos continuar monitorando a situação climática e, em caso de agravamento, tomar as decisões necessárias”.

Em retrospecto, quando em outra oportunidade em que Rio Grande enfrentou condições semelhantes, em meados de 2015, discutiu-se a implementação de um grupo de trabalho com as mesmas finalidades, mas que não foi efetivamente instalado. “Não podemos passar por esse processo novamente sem uma institucionalização do processo, é preciso melhorar o procedimento de tomada de decisão, com evidências tecnicamente embasadas e cientificamente validadas; temos plena capacidade para isso”, completou o reitor.

A primeira reunião da comissão deve acontecer ainda nesta sexta-feira, 29, pela manhã, em formato online. Para mais informações e atualizações acerca do trabalho da comissão e do Comitê de Análise e Prognóstico de Eventos Extremos, continue acompanhando as atualizações diárias do portal FURG.br

Ao final da reunião com diretores de unidades acadêmicas e coordenadores de cursos de graduação, a diretora da Diretoria de Gestão Acadêmica (Digea), Fabiane Binsfeld, apresentou alternativas para a recomposição dos dias letivos suspensos; a matéria será brevemente analisada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa, Extensão e Administração (Coepea).

Conversa com representantes estudantis

Como principal demanda, os estudantes presentes no segundo encontro do dia reivindicaram participação em tratativas que afetem o calendário universitário, para que suas especificidades e realidades enquanto grupo sejam ouvidas desde a base, tornando o processo de tomada de decisão mais participativo e inclusivo.

No momento, Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) e Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proexc) estão em trabalho contínuo para identificar, quantificar e encaminhar os devidos direcionamentos para os estudantes afetados pelas inundações.

A gestão tranquilizou a comunidade universitária, e destacou em suas falas que está constantemente monitorando as condições climáticas, e que qualquer decisão extraordinária será tomada considerando as devidas proporções e o embasamento técnico para tal. “Estamos checando as informações climáticas constantemente, e caso ocorra uma situação que represente riscos ou agrave o cenário consideravelmente, novas portarias podem ser emitidas visando garantir a segurança da comunidade universitária; mas é importante também entender que existem diferentes níveis dentro da mesma condição. Por enquanto, não existem indicativos técnicos para uma suspensão de atividades”, esclareceu o reitor. 

 

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Hiago Reisdoerfer/Secom