A Diretoria de Atenção à Saúde (DAS/Progep) da FURG alerta a população sobre os cuidados com o Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue e da febre amarela urbana.
"É importante ressaltar que todos nós somos responsáveis pela prevenção ao mosquito. Devemos estar atentos a possíveis criadouros, seja no nosso domicílio, trabalho, local de convívio social. É importante interromper o ciclo de vida do mosquito para que, diminuindo a quantidade de mosquitos Aedes circulantes, tenhamos uma possibilidade de diminuir o contágio da doença, já que ele é o transmissor de dengue, chikungunya e zika", afirma a enfermeira Carmen Dominguez, coordenadora de Promoção à Saúde da DAS. "No campus Carreiros, estamos realizando capacitações com os trabalhadores com o objetivo de que todos entendam a importância de sermos observadores, e possamos agir em locais que podem ser ideais para a proliferação do mosquito, acabando com possíveis criadouros".
Originário da África, o Aedes aegypti é um mosquito doméstico, que vive dentro ou ao redor de domicílios ou de outros locais frequentados por pessoas. Tem hábitos preferencialmente diurnos e alimenta-se de sangue humano, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer. Menor que os mosquitos comuns, ele é preto, com riscos formando um pequeno desenho semelhante a uma taça no tórax, e listras brancas na cabeça e nas pernas. Suas asas são translúcidas e o ruído que produz é praticamente inaudível ao ser humano.
Cada mosquito vive, em média, em torno de 30 dias e a fêmea chega a colocar entre 150 e 200 ovos. Se forem postos por uma fêmea contaminada pelo vírus da dengue, ao completarem seu ciclo evolutivo, transmitirão a doença.
Os ovos não são postos na água, e sim a milímetros acima de sua superfície, principalmente em recipientes artificiais. Quando chove, o nível da água sobe e entra em contato com os ovos, que eclodem em pouco menos de 30 minutos. Em um período que varia entre sete e nove dias, a larva passa por quatro fases até dar origem a um novo mosquito: ovo, larva, pupa e adulto.
O Aedes aegypti põe seus ovos em recipientes tais como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d'água descobertas, pratos sob vasos de plantas, bandejas de ar-condicionado ou qualquer outro objeto que possa armazenar água de chuva. O mosquito pode procurar ainda criadouros naturais, tais como bambus e buracos em árvores.
A transmissão da dengue, bem como da febre amarela, depende da concentração do mosquito: quanto maior a quantidade, maior a transmissão. Esta concentração está diretamente relacionada à temperatura e pela presença das chuvas: mais chuvas, mais mosquitos.