MÊS DO ORGULHO LGBTQIAP+

Direito à saúde de pessoas trans é tema de evento nesta quarta, 28

Diálogos de Direitos Humanos integra projeto itinerante da Defensoria Pública; evento acontece às 19h, no Cidec-Sul

A Coordenação de Ações Afirmativas, Inclusão e Diversidades (Caid) da FURG participa, nesta quarta-feira, 28, do evento Diálogos de Direitos Humanos: O Direito à Saúde das Pessoas Trans. 

O evento acontece na Sala Estuário do Centro Integrado de Desenvolvimento Costeiro e Oceânico do Sul, no Cidec-Sul, a partir das 19h.

O encontro é voltado à população trans e pessoas em geral, e integra um projeto itinerante da Defensoria Pública do Estado, que tem se deslocado nas cidades do interior gaúcho para tratar de demandas que exigem atuação e reconhecimento.

Os convidados são o defensor público estadual em Rio Grande, Eduardo Oliveira, o médico obstetra da HU-FURG/Ebserh e da Associação de Caridade da Santa Casa do Rio Grande, Fábio Alvaro, a médica, chefe da Unidade da Mulher no HU-FURG/Ebserh e coordenadora do Centro de Referência em Atendimento Infantojuvenil (Crai-Rio Grande), Tânia Fonseca, e o ativista social e bacharel em História e Arqueologia pela FURG Luis Mahin Domingues, também coordenador do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrat-RS).

A equipe de entidades participantes conta ainda com representantes da Fundação Escola Superior da Defensoria Pública (Fesdep), Associação das Defensoras e dos Defensores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul (Adpergs) e do Fórum Justiça.

Celebração internacional
O Dia do Orgulho LGBTQIAP+ é comemorado nesta quarta em todo o mundo. Na data, pessoas da comunidade e apoiadores celebram os direitos à orientação sexual e a identidade de gênero.

Trata-se da celebração de um marco histórico da minoria social conhecido como o "Incidente de Stonewall". Em 1969, frequentadores do bar Stonewall Inn em Greenwich Village, Nova Iorque, EUA, reagiram pela primeira vez às constantes ações policiais ali ocorridas para prender travestis e todos que vestissem mais de três peças do sexo oposto.

Violação de direitos
Ao longo de 2022, foram registradas 131 mortes de pessoas trans no Brasil, sendo que 65% dessas mortes foram motivadas por crimes de ódio com requinte de crueldade. Além disso, o país contabilizou 84 tentativas de homicídio. Os dados constam do Dossiê Assassinatos e Violências contra Travestis e Transexuais Brasileiras em 2022, realizado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).

Entre as violações de direitos sofridas pelas pessoas trans, estão negativa de reconhecimento e de emissão da identidade de gênero, negativa de uso do nome social, negativa de acesso ao banheiro feminino, cancelamento de corrida em aplicativo de transporte, xingamentos depreciativos, violência contra profissional do sexo, estupro ou violência sexual, tratamento degradante em espaço público, negligência médica ou omissão de socorro, violações por agentes de segurança pública, e demissão motivada pela identidade de gênero.

Ainda segundo o levantamento da Antra, uma pessoa transfeminina (mulheres trans ou travestis) tem até 38 vezes mais chance de ser assassinada do que uma transmasculina ou não binária (quando a pessoa não se reconhece no gênero masculino ou feminino).

 

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