Na tarde desta terça-feira, 1, o Centro Integrado de Pesquisa (CIP) do Instituto de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (Iceac) da FURG divulgou o relatório mensal referente ao custo do cesto básico em Rio Grande no mês de setembro. Segundo as informações contidas no documento, o valor sofreu uma diminuição de 3,01% quando comparado a agosto. No entanto, em relação ao ano de 2019, o custo de vida – em termos de produtos mais básicos consumidos pelas famílias - está 4,26% mais caro.
A análise
De acordo com as pesquisas realizadas na área desde o começo de 2019, existem dois cenários ao longo do ano, um deles quando comparados dois meses em sequência, e outro, quando feita a progressão mensal desde o começo do ano. O cenário de curto prazo, quando comparado setembro com agosto, demonstra uma diminuição do custo de produtos básicos que compõe o cesto. Já o cenário de longo prazo, ao comparar a evolução dos preços do cesto desde o início de 2019, demonstra o quanto esses itens estão convergindo, ou não, para a estimativa da inflação oficial do país.
Em setembro, o custo do cesto básico para o município de Rio Grande apresentou uma queda em seu valor total, quando comparado com o mês anterior, passando de R$817,20 para R$792,58. Em termos percentuais o valor final apresentou uma queda de 3,01%. De acordo com o documento divulgado, o valor do cesto, nos últimos meses, tem apresentado um comportamento de “sanfona”, uma vez que os preços aumentam e diminuem de um mês para o outro.
Outra informação importante é que, com base no estudo, notou-se a tendência de uma conversão na variação do custo do cesto até setembro com a medida oficial de inflação no Brasil. Lembrando que o custo do cesto é composto de 51 produtos enquanto a inflação envolve mais de 300 itens. No início do ano de 2019, o preço do cesto era de R$760,16, e, em setembro, passou a ser R$792,58.
Na prática
Dos 51 produtos que compõe o cesto básico, em relação ao mês anterior, 30 deles apresentaram redução de preço enquanto 20 apresentaram aumento. Os itens que tiveram as maiores variações foram a massa de tomate (47,57%), o aparelho de barbear (16,07%), o óleo de soja (14,88%) e o desinfetante (14,10%). Já os produtos que apresentaram quedas de seus preços foram o mamão (-35,47%), a cebola (-34,25%), o achocolotado em pó (-24,59%) e o sal (-22,52%).
Outra forma de acompanhar o impacto sobre o custo do cesto em nosso município são os produtos que, pelas quantidades mensais consumidas pelas famílias, apresentam um maior peso em relação ao gasto total. Em setembro, os produtos que mais contribuíram para o aumento do custo do cesto foram o leite longa vida integral, o óleo de soja, o xampu e o papel higiênico.