Jornalista, escritora, feminista. Assim é como grande parte dos rio-grandinos conhecem Carmen da Silva. No ano do centenário de seu nascimento, a FURG e a Bibliotheca Rio-Grandense promoveram a primeira edição do Seminário Internacional Para Ler Carmen da Silva.
De quarta,6, até sexta-feira, 8, os interessados ou curiosos pela obra de Carmen puderam participar das diversas atividades no espaço da biblioteca. Na tarde de quinta-feira, 7, foi realizada a abertura oficial do seminário. O evento contou com a participação de autoridades locais, amigos, conhecidos de Carmen, e interessados sobre os assuntos que a jornalista abordava.
A organizadora do seminário e responsável pelo repositório digital de Carmen, Nubia Hanciau, falou da alegria de celebrar o centenário de nascimento de Carmen da Silva. “Esse evento do centenário vem dar uma força para a memória, contribuir para que as pessoas se interessem pelo pensamento de Carmen, que é ainda muito atual. É um pensamento que ainda vigora. Carmen escreveu para a mulher de hoje, por incrível que pareça”, disse.
O prefeito do Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer, comentou sobre a trajetória de Carmen e, na ocasião, anunciou a destinação de um espaço fixo na cidade para reforçar a memória da jornalista rio-grandina.
Andréa Westphal, presidente da Câmara Municipal do Rio Grande, ressaltou a importância de Carmen da Silva para a história das mulheres do município, já que “se não houvesse mulheres como Carmen, não estaríamos aqui, eu não estaria aqui”.
Ao representar a reitora da FURG, Cleuza Dias, a diretora do Instituto de Letras e Artes (ILA) da universidade, Elaine Nogueira, falou da honra para a FURG e para o instituto de participar do evento, principalmente para pensar o papel de Carmen da Silva para quem trabalha com as questões de gênero.
Ricardo Freitas, secretário municipal de Cultura, salientou a importância do seminário sobre “alguém que tanto colaborou para a luta das mulheres quanto para a sociedade”.
Também presente no evento, a coordenadora do curso de Pós-graduação em Letras, Rubelise da Cunha, falou do importante momento que se vive para falar de Carmen da Silva, “porque trabalhamos junto com a sociedade rio-grandina”.