Laboratório de Mamíferos Marinhos estuda baleia encalhada

O Laboratório de Mamíferos Marinhos e Tartarugas Marinhas da Universidade Federal do Rio Grande - FURG retirou amostras da baleia da espécie sei, encalhada desde o final de semana na praia do Cassino. Foram coletadas, entre outras, amostras de músculo, para o estudo da genética; do conteúdo estomacal para entender a ecologia trófica (comportamento alimentar) e de gordura para toxicologia, verificando se o animal teve contato com contaminantes.

Próximo ao navio Altair, o animal chama a atenção dos veranistas. A espécie vive em águas profundas e não é comum ser encontrada na beira da praia. Essa espécie não é rara no Brasil, mas o encalhe dela é raro. Provavelmente o indivíduo que encalhou estava retornando para a Antártica, onde a espécie se alimenta durante o verão, diz o oceanólogo e bolsista do laboratório, msc. Jonatas do Prado.

Ele explica que a espécie costuma migrar para a costa brasileira no inverno para reprodução, como as baleias da espécie jubarte e franca. Pelo tamanho do exemplar aproximadamente 9 metros de comprimento a equipe do laboratório, coordenado pelo prof. dr. Eduardo Secchi, acredita se tratar de um filhote que provavelmente nasceu nesse inverno ou no inverno anterior. Pode ter vindo acompanhando o grupo, seguindo a mãe, afirma Jonatas.

A espécie adulta chega a pesar de 20 a 30 toneladas e pode atingir até 20 metros de comprimento. Os pesquisadores acreditam que a baleia tenha chegado sem vida à praia. É difícil determinar a causa da morte, pois não há marcas evidentes, explica Jonatas. Além da coleta das amostras, os pesquisadores devem esperar a ação do tempo e o processo de decomposição para retirada do crânio para realizar estudos morfológicos.

 

Galería

Sujeto: Arquivo