Dia Mundial da Asma é 3 de maio

Organizações dão orientações sobre a doença

O Comitê de Pneumologia de Rio Grande, a Sociedade de Medicina de Rio Grande (Somerig) e a Unimed lembram que 3 de maio é o Dia Mundial da Asma. O Comitê é formado por um grupo de pneumologistas e pneumopediatras da Faculdade de Medicina da FURG e do Hospital Universitário.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 150 milhões de pessoas sofram com o problema. Dados do Ministério da Saúde revelam que 10% da população brasileira têm asma.

A asma é uma doença inflamatória crônica dos brônquios que ficam mais estreitos e dificultam a respiração do paciente. Caracteriza-se por crises de falta de ar, chiado, aperto no peito e tosse, que se repetem, limitando a execução das atividades físicas e da qualidade de vida. A asma é uma doença hereditária que ocorre principalmente em famílias de indivíduos alérgicos e pode ser desencadeada por vários fatores: contato com alérgenos inalados (como poeira domiciliar e seu ácaro, fungos e pelo de animais domésticos), exposição a perfumes, fumaça de cigarro, medicamentos e infecções respiratórias, como gripe, exercício físico e alterações emocionais. A doença se manifesta em todas as idades, sendo mais comum na infância.

O primeiro passo para o médico diagnosticar a asma é analisar a história clínica do paciente, os sintomas existentes e desde quando são apresentados. A partir daí, é preciso identificar os fatores desencadeantes ou agravantes dos sintomas.

A doença tem diferentes gravidades, podendo ser classificada em leve, moderada ou grave, ou seja, desde crises de baixa intensidade e esporádicas, que pouco perturbam a vida habitual do paciente, até as de grande intensidade, diurnas e noturnas, que afetam muito o desempenho diário da pessoa. A asma ainda não tem cura, mas tem tratamento e, quando adequado, é capaz de proporcionar o seu controle, possibilitando ao paciente ter vida normal, inclusive com a prática de esportes e redução de custos médicos e hospitalares.

A palavra crônica significa que é uma doença prolongada e não é indicativa de gravidade. Existe um tratamento para as crises que visa a fazer com que o diâmetro das vias respiratórias volte ao normal, facilitando a respiração. Nessa situação serão usados medicamentos broncodilatadores e antiinflamatórios de acordo com a gravidade da crise.

Para os casos de sintomas mais persistentes ou muito recorrentes, deve ser feito um tratamento de controle. Esse tratamento implica cuidados com relação aos ambientes frequentados pelo asmático, além do uso de medicamentos.

O objetivo do controle ambiental é diminuir ou evitar o contato com agentes provocadores de crises, como remover ou limpar objetos mofados, mantendo a casa bem ventilada e com baixo nível de umidade, não deixar animais dentro de casa, encapar colchões e travesseiros, lavar roupa de cama semanalmente, utilizar piso liso, sintético, que possa ser limpo com pano úmido e remover carpetes do dormitório, evitar exposição ativa ou passiva à fumaça de cigarro.

Quanto ao uso de medicamentos controladores da doença, há nos dias atuais diversas opções muito eficazes e seguras, pois atuam diretamente nos pulmões. Existem muitos outros dispositivos além da conhecida bombinha. Esses dispositivos devem ser escolhidos em sua forma e dose, individualmente, em parceria com o médico que cuida do paciente.

Em resumo, o segredo é:

A - aprender sobre a doença,

S - saber o que fazer numa crise e como evitá-la,

M - manter o tratamento de controle mesmo estando bem, sem sintomas e,

A - atuar em parceria com o médico

 

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