Aproximadamente 70 acadêmicos de vários cursos iniciaram movimento nesta quarta-feira, 6, que culminou com ocupação do saguão da Reitoria da FURG. Eles reivindicam manutenção e ampliação da assistência estudantil e protestam contra o que chamam de precarização da universidade pública. Os acadêmicos, que decidiram permanecer no prédio durante a noite, foram recebidos pela chefe do Gabinete da Reitora Maria Rozana Almeida e pelos pró-reitores de Graduação Denise Martinez e Vilmar Pereira. A reitora Cleuza Dias estava em viagem e chegou à Reitoria durante a tarde. Nesta quinta-feira, os estudantes devem apresentar à reitora a pauta de reivindicações. Uma pauta inicial com 24 itens foi apresentada pelos estudantes em reunião no dia 17 e a Reitoria respondeu a cada item, em documento entregue na última segunda-feira. Os estudantes já haviam marcado o movimento e consideram que a maioria das solicitações não foi atendida. Segundo a comissão de comunicação do grupo, o que eles solicitam é “o básico para manutenção dos estudantes na Universidade”. Citam como exemplo o direito a todos os acadêmicos interessados de receber almoço, janta e café da manhã na Instituição; e que os auxílios moradia e permanência sejam ampliados a todos que necessitarem, independente dos critérios para a assistência estudantil. Eles consideram que a FURG está negando benefícios por falta de verbas e não por critérios técnicos. REITORIA – Conforme a reitora Cleuza Dias, não houve redução nos auxílios, ao contrário, no início do ano houve aumento nos valores pagos, de no mínimo 50 reais. O processo de avaliação para renovar os auxílios é feito todo ano atendendo aos mesmos critérios, necessários no trato com dinheiro público. Os critérios de avaliação pela equipe da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis – Prae são de desempenho acadêmico e freqüência às aulas. Dos 2.400 estudantes que recebem benefícios na FURG, cerca de 180 tiveram pedidos indeferidos. Destes, segundo a Prae, vários foram revistos a partir de justificativas apresentadas pelos acadêmicos. Além da ampliação do valor das bolsas, a reitora lembrou que uma nova casa de estudante foi entregue este ano e mais duas iniciam construção ainda neste semestre. “Sei que alguns alunos estão ligando os critérios técnicos ao ajuste fiscal, mas não há relação. Ainda não temos a distribuição do Orçamento da União, mas não haverá redução na assistência estudantil”, garantiu a reitora.