A Base Oceanográfica da FURG completou 40 anos no dia 28 de abril. O Instituto de Oceanografia (IO) promoveu um evento comemorativo na última sexta-feira, 11, no auditório prof. João Rocha, que resgatou essa trajetória na universidade. “Precisávamos desse espaço para que pudéssemos lembrar e contar a história da Oceanografia”, disse Osmar Möller, diretor do IO, na abertura do encontro. O professor destacou a relevância, para todos que vivenciam o curso de Oceanologia, de saber como se chegou a esse estágio atual em que o IO contempla projetos de pesquisa de alto nível e conta com um corpo técnico conhecido nacional e internacionalmente.
Com a palestra “40 anos da Base Oceanográfica (BOA) da FURG”, o professor Jorge Pablo Castello falou sobre os esforços feitos para que a instituição pudesse contar com o curso e relembrou a atuação do gestor à frente da universidade na época. “Em 1972, assume a reitoria o professor Eurípedes Falcão Vieira, que percebe a importância de diferenciar essa universidade do restante e vê no meio aquático a possibilidade dessa diferenciação”, explica. Com essa iniciativa do então reitor é formulado o Projeto Atlântico, que contemplava a criação da Base Oceanográfica, a aquisição de materiais para laboratórios e meios flutuantes. Os recursos foram obtidos pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O primeiro diretor da Base Oceanográfica, Norton Gianuca, relatou as experiências vivenciadas quando atuava na Base Oceanográfica, como o episódio de Hermenegildo, conhecido nacionalmente.
A FURG ser uma universidade voltada aos ecossistemas costeiros e oceânicos é uma singularidade que impacta, ressaltou a reitora Cleuza Dias: “estive no Chile, participando do Grupo Montevidéu, o qual a FURG faz parte desde o ano passado. Trata-se de um grupo seleto que conta com onze universidades brasileiras, junto com outras universidades uruguaias, argentinas, bolivianas. E o que nos permitiu participar desse grupo foi a nossa vocação, esse nosso diferencial”, explica. Na oportunidade, a gestora manifestou reconhecimento à comunidade do IO, “esses visionários, professores e técnicos, que há 40 anos começaram com esse grandioso trabalho”, que contribui para que a universidade tenha espaço em fóruns como a Associação de Universidades do Grupo de Montevidéu (AUGM).
Crédito Foto: Fernando Halal
